O artista tem uma inspiração, cria em sua mente a arte, executa e depois contempla.
O yogi tem uma inspiração, cria em sua mente a postura, executa, e depois contempla a postura e as sensações que a postura deixa pelo corpo.
O artista tem o dom de criar
O yogi tem o dom de criar
O artista tem o dom de contemplar
O yogi tem o dom de contemplar
Entre uma arte e outra, existe uma pausa... um momento atemporal que é respeitado, um momento de descanso.
Assim também entre um ásana e outro, a pausa existe; a observação.
O yogi passa a observar seu corpo como um templo que a cada postura cria diferentes ''arquiteturas'', diferentes formas, um templo cheio de vida e que por ser vida, é algo novo, fresco.
O yogi ao mesmo tempo que busca a saúde plena deste corpo, pois sabe que é através dele que irá trilhar o caminho até o divino, desapega-se deste corpo, pois percebe que ele não é este corpo, é muito mais.
Assim como na obra de arte, percebemos que há muito mais do que apenas arte, há algo que muitas vezes emociona, muitas vezes desperta, há sempre algo mais...
Já dizia William Shakespeare, "Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia."
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